Hoje eu vou comentar aqui sobre alguns labels com DNA tipicamente carioca e que valem a pena serem conhecidos. Todos você encontra nos melhores mercados e claro aqui na barbearia DON. Chega mais!
3 cariocas
Como o nome já diz, 3 cariocas: Eduardo Diehl, João Gabriel Reis, João Filipe Rocha. Todos com menos de 30 anos e fundadores da marca. Mas não é só isso. De cara, já ganharam uma medalha de platina com no Mondial de La Biere 2014, mostrando que não vieram para brincadeira em um mercado tão competitivo. E para não deixar o tema fugir, suas cervejas tem nomes de bairros. Session IPAnema (a que ganhou a medalha), Laranjeiras (Berliner Weisse com um toque de laranja) LAPA (APA com sabores de frutas tropicais), cOPAcabana (Oatmeal Pale Ale, feita em parceria com a Three Monkeys) e a Saison du Leblon.
Temos 3 Cariocas na DON? Temos sim senhor! Corre pra cá dar um trato nessa barba e provar a IPAnema, a minha preferida deles!
Praya
A cerveja Praya não tem esse nome à toa; foi criada originalmente pelo surfista e skydiver Marcos Sifu – Sim aquele mesmo que de vez em quando dá as caras no canal Off com o programa “Aprendiz de Base Jumper”.
O que chama atenção nesta jovem cervejaria é o crescimento. Em apenas um ano no mercado, a Praya passou de uma produção caseira para uma estrutura que produz 15 mil litros e já tem mais de 600 pontos de distribuição no Rio de Janeiro e 100 em São Paulo – e tudo isso com apenas um rótulo, a ótima Praya WitBier.
Para sair da cozinha de casa, Sifu chamou os amigos – e agora sócios – Tunico Almeida, Duda Gaspar e Paulo de Castro (o DJ Zeh Pretim das badaladas festas da zona sul carioca). A ideia é crescer ainda mais, porém sem uma grande diversidade de rótulos. Segundo a galera praiana da Praya, o foco é encontrar o equilíbrio entre o artesanal e o industrial, focando no lifestyle deles e dos amigos: saúde, esporte, arte e praia, lógico.
Fraga
Sergio Fraga é um veterano no que se refere à cervejas. Em 2004 ele encarou na cara e na coragem a fabricação da sua própria cerveja, construindo a fábrica e nos brindando com a Fraga Weiss anos depois. Hoje a Fraga ainda produz a Fraga Blonde (uma belgian Blonde Ale) e a Fraga Brown, uma American Brown Ale. Os caras são tão legais que abrem a fábrica para visitação. É só marcar pelo tel (21) 2434-1681. Se eu fosse você, eu iria.
2 cabeças
Com o slogan “repense cerveja”, a cerveja 2 cabeças veio ao mundo. Ingredientes não convencionais como Maracujá e Cumaru fazem parte dos ingredientes de alguns de seus rótulos, enquanto a Fênix (Imperial IPA) traz variações de lúpulo a cada lote, onde um QR code impresso no rótulo indica o que você está levando pra casa. Por falar em rótulos, os da 2 cabeças são super elaborados, dando aquela vontade de guardar a garrafa.
Brassaria Ampolis
Mais carioca do que a Brassaria Ampolis só se colocar areia da praia na fermentação. Tocada por Sandro Gomes, filho do carioquíssimo Antonio Carlos “Mussum”, comediante e sambista, integrante dos Trapalhões nos anos 80. Pra quem não é dessa época, (você mesmo, moleque!) nos episódios dos Trapalhões, Mussum estava sempre bêbado, ou então no bar, pedindo um “mé” (bebida alcóolica). Esse vídeo dá uma ideia do que foram os maravilhosos anos 80 (https://www.youtube.com/watch?v=m_OXxKHFknM)
Portanto, os nomes dos rótulos são homenagens a tiradas e bordões do kid mumu da Mangueira, tais como Biritis (Vienna Lager), Cacildis (Premium Lager), Ditriguis (WitBier) e Forévis (Session Ipa).
Jeffrey
A cerveja do patinho já é uma das mais conhecidas do Rio, e agora está invadindo São Paulo. Eduardo Brand, Gilson Val, Raphael Bloise e Renato Monteiro tiveram a brilhante ideia (obrigado, Deus!) de criar a própria cerveja voltando de uma viagem à Belgica (vulgo Reino Encantado das Cervejas) e caíram dentro do projeto em meados de 2013. Cinco anos depois, vendem 60.000 litros/mês em diversos pontos da cidade, incluindo restaurantes, lojas e supermercados. E tudo isso com apenas 2 rótulos: a clássica Niña (WitBier com raspas de limão siciliano) e a Red Pilsen, que foi lançada em 2017 e utiliza um raro malte alemão avermelhado e fermento checo na receita.
Outra tacada de mestre foi a abertura, lááá em 2014, da Jeffery Store, um misto de flagship store e galeria de arte em plena Rua Tubira, que apesar de ser no sofisticado Leblon, era uma rua mais conhecida por suas oficinas do que exatamente pelo requinte comum ao bairro. Deu certo. Em pouco tempo, o ambiente maltratado foi sendo substituído por outros restaurantes – até a prestigiada chef Roberta Sudbrack deu as caras por lá com o seu foodtruck-store SudDog – e ainda influenciaram outras cervejarias cariocas a abrirem seus headquarters pela cidade, como o Forte Mojave e a Hocus Pocus DNA em Botafogo e a Noi no Leblon. Volta e meia eles ainda organizam por ali um festival de música, fechando a rua num verdadeiro estilo biergarten alemão. Imperdível.
Hocus Pocus
Essa podemos chamar de cerveja raiz! Os criadores, Pedro Butelli e Vinícius Kfuri, foram alunos do mestre-cervejeiro Leonardo Botto, um dos mais influentes e formadores cervejeiros do Rio. Do curso, viciaram em produzir diversas variações de cerveja em casa, até que, meio sem querer querendo, ganharam o 1º lugar em um concurso com uma English Brown Ale experimental. Percebendo que tinham vocação para o negócio, caíram dentro da Hocus Pocus que cresceu rapidamente e hoje tem até a sua proópria loja/bar em Botafogo, fazendo dobradinha com o Forte Mohave (lado a lado) e dando uma bela revitalizada ali na escura Rua Dezenove de Fevereiro.
É uma das marcas mais adoradas aqui no Rio, com 7 rótulos como a Magic Trap (Belgian Golden Strong Ale) e a Apa Cadabra (American Pale Ale), além de algumas sazonais. Como se não bastasse já tudo isso, eles ainda colecionam medalhas do Mondial de La Biere, do Comer & Beber (Veja Rio) e do Concurso Nacional das Acervas, ou seja, essa molecada não está de brincadeira.
Sabendo do potencial da Hocus Pocus, é ÓBVIO que temos para vender aqui na DON, então não dá mole e vem provar uma Apa Cadabra conosco!
Three Monkeys
Enquanto a Praya é a cerveja carioca identificada com o estilo litorâneo da cidade, a Three Monkeys veio das montanhas cariocas. Criada pelos amigos (e também ex-alunos de Leonardo Botto, como a galera da Hocus Pocus) Filipe Oliveira, Leo Gil e Bernardo Costa no Alto da Boa Vista – um bairro situado a 300m acima do nível do mar e cercado de verde e fauna, como os macaquinhos que viviam na janela deles na hora da criação do nome, que seria uma homenagem aos monges belgas, Three Monks.
O nome mudou para Three Monkeys e a diversão virou negócio. Hoje eles já contam com 12 rótulos que vão de uma American Lager clássica a uma Gose com adicional de Sal do Himalaia (!!), passando por American IPA, White IPA, Golden Ale e WitBier, entre outras. Ou seja, dá pra agradar todo mundo provando dos rótulos da Three Monkeys. Pensando nisso, colocamos algumas opções deles aqui na DON, chega mais pra conhecer!
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